São Paulo, domingo, 5 de maio de 1996
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Partidos governistas saem na dianteira

DA REPORTAGEM LOCAL

Pesquisa do Datafolha realizada entre os dias 22 e 24 de abril em 11 capitais brasileiras atesta que os partidos da base de sustentação parlamentar do presidente Fernando Henrique Cardoso saem na frente na eleição municipal, com poucas exceções.
Em Belo Horizonte, a vantagem é de Maurício Campos (PL), secundado em uma das situações pesquisadas por deputado federal Aécio Neves (PSDB).
O governismo, porém, enfrenta duas ameaças na capital mineira: a tradição de Campos de perder eleições na reta final e a eventual candidatura Virgílio Guimarães (PT), que em uma das simulações perde para o candidato liberal dentro da margem de erro da pesquisa, de cinco pontos percentuais para cima ou para baixo.
A vantagem dos aliados de FHC é repetida em Salvador. Lá, os três primeiros lugares são obtidos por governistas, com destaque para Pedro Irujo (PMDB) e Marcos Medrado (PPB). O candidato de ACM, Antonio Imbassahy (PFL), está em terceiro.
Primeiro turno
Na outra grande capital nordestina, Recife, o pefelista Roberto Magalhães venceria a eleição no primeiro turno se ela fosse realizada em abril, com seus 44%.
Outra situação tranquila para o Palácio do Planalto, hoje, ocorre em Curitiba. O tucano Carlos Simões lidera nas quatro simulações feitas pelo Datafolha.
O segundo lugar em Curitiba é de candidatos do PDT, que no Paraná segue a liderança do governador Jaime Lerner, um estranho no ninho dos pedetistas oposicionistas.
Ainda no Sul do país, o governismo vai bem em Florianópolis, com a dianteira de Ângela Amin (PPB), mulher do senador Esperidião Amin, presidente do PPB.
Tucanos
Candidatos tucanos lideram com folga em Goiânia e Campo Grande. Na primeira cidade, Nion Albernaz é favorito na disputa e, na situação pesquisada em que sua vantagem é menor (39% contra 25%), o adversário principal é Sandes Júnior (PFL).
Em Campo Grande, Lúdio Coelho está na frente nas simulações realizadas. Em todas, sua vantagem escapa da margem de erro.
Situação anômala ocorre em Fortaleza. Apesar de pertencer ao PMDB, que formalmente integra a base de FHC no Congresso, Juraci Magalhães é alvo prioritário dos tucanos locais, que sonham acabar com a hegemonia peemedebista na capital do Ceará.
A tarefa parece difícil. A adesão a Magalhães oscila entre 63% e 62%, segundo o Datafolha.

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