São Paulo, domingo, 5 de maio de 1996 |
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Crianças órfãs da Aids ganham padrinho
AURELIANO BIANCARELLI
A idéia dos grupos é encontrar padrinhos que possam colaborar com dinheiro para que as crianças sejam mantidas com seus familiares. Pelo menos dois grupos, um em São Paulo e outro em Niterói (RJ), estão à procura de padrinhos. No país todo, são mais de 5.000 os órfãos da Aids, crianças que nasceram de pais doentes e que pegaram ou não o vírus. Em Niterói, o Grupo Pela Vidda já tem mais de 50 crianças apadrinhadas e outras cem cadastradas aguardando padrinhos. O grupo estabeleceu uma contribuição mensal de R$ 100 por criança. O dinheiro é repassado à família por assistentes sociais do grupo que trabalham em colaboração com a Universidade Federal Fluminense. "A assistente social saberá quais as necessidades da família e orientará no melhor uso do dinheiro", diz Marta Reis, coordenadora do Pela Vida Criança. Segundo ela, "as crianças que permaneceram com suas famílias estão apresentando melhora e vivendo melhor". O padrinho decide se quer uma aproximação maior com o afilhado. "Com o tempo, muitos deles acabam conhecendo e se aproximando da criança", diz Raldo Bonifácio, presidente do GPV-Niterói. Em São Paulo, o Projeto Esperança, que atua na zona leste, vem fazendo um trabalho semelhante há três anos. O padrinho ajuda com meio salário mínimo por mês, de forma que a criança possa ser mantida com familiares. Hoje já são mais de 70 crianças apadrinhadas e outras dez aguardam na fila. "Muitas famílias querem ficar com suas crianças, mas não têm dinheiro algum", diz Gabriela O'Connor, presidente do Projeto Esperança. Grupo Pela Vidda Niterói - (021) 719-5683 e 719-3793. Projeto Esperança - (011) 956-5570 e 956-1182 Texto Anterior: SEIS HISTÓRIAS REAIS Próximo Texto: Ajuda também é afetiva em SP Índice |
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