São Paulo, domingo, 5 de maio de 1996
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Ajuda também é afetiva em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Na Casa Vida de São Paulo, muitas das 30 crianças têm "padrinhos de verdade". São pessoas que batizam as crianças e têm com elas um relacionamento afetivo.
"Eles não contribuem com dinheiro, mas dão presentes, saem com a criança passear, levam-na para casa e passam juntos o Natal", diz o padre Júlio Lancellotti, diretor da Casa Vida.
As duas sedes da Casa Vida são mantidas com ajuda internacional e do Estado. No dia-a-dia, Lancellotti diz conviver com situações delicadas, como o caso de uma mãe soropositiva que quer ter sua criança de volta, mas a Justiça não autoriza. A criança também tem Aids. "É difícil o juiz entender casos assim", afirma.
Outra criança perdeu a mãe, com Aids, e o pai, embora doente, quer tê-la de volta. "Eles se adoram, mas o pai não tem condições psicológicas de cuidar", diz o padre.

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