São Paulo, domingo, 5 de maio de 1996
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Lêem suas cartas particulares

DA REPORTAGEM LOCAL

Violar a correspondência do namorado, para saber quem anda escrevendo para ele, é um terrível defeito de algumas mulheres. A opinião é de homens que já tiveram essa experiência.
"É imperdoável", afirma o empresário Ricardo Levorin, 24. "Uma mulher que não confia no namorado, não é confiável."
Ricardo está saindo com uma moça que, há algumas semanas, insistiu para ler um bilhete que estava em cima da mesa da sala do apartamento onde ele mora.
"Era um bilhete da minha mãe para a faxineira, mas mesmo assim não deixei que ela lesse."
Não deixou, mas ela acabou lendo. Aproveitou uma ida dele ao banheiro -algumas horas e um filme de vídeo depois. "Quando saí do banheiro, vi que ela estava disfarçando em volta da mesa. Fiz com que ela confessasse e dei um gelo de um mês."
Com o cantor Sérgio Molina, 29, a correspondência violada era do motel que ele costumava frequentar com uma ex. "Três anos depois de ter ido pela última vez ao motel, eles me mandaram uma diária grátis", diz.
"Minha namorada abriu antes de eu ler e imaginou uma porção de coisas que não tinham cabimento. Um saco."
Molina diz que é a favor da franqueza em um relacionamento, mas acha que algumas intimidades devem ser preservadas. "Mesmo que a carta não fosse de um motel, ela não teria nada a ver com isso."
O professor de ginástica Luiz Cunha, 32, teve um caso com uma colega da academia e foi descoberto pela namorada oficial quando ela leu o cartão de Natal da outra.
"Não a perdoei, nem ela a mim. Terminamos tudo."

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