São Paulo, domingo, 5 de maio de 1996
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O marketing de quem pede "uma ajuda"

One-man show
Vendedor faz um pequeno espetáculo para vender seu produto ou simplesmente receber algum dinheiro, como o que "fala inglês" ou os que aparecem vestidos de palhaço. A ajuda, nesse caso, tem caráter de cachê

SOS Neide
Rapazes aparecem com faixas, números de contas bancárias e o nome de alguém supostamente acometido de doença grave e rara. Costumam ignorar o valor total que pretendem arrecadar

O iluminado
Falam em nome de Deus. Quase sempre representam uma associação ou religião e prometem usar o dinheiro para "salvar" marginalizados de alguma espécie

Book-miséria
Garotos trazem álbuns com fotos mostrando as mazelas da família ou do grupo de excluídos que representa, como os deficientes físicos. Tentam convencer pelas imagens fortes

Chororô da esfiha
Menino chega à janela do carro contando uma história fantástica sobre o súbito roubo de uma bandeja de esfihas, cuja venda garantiria o sustento da família. A criança conta o caso chorando e diz que não pode voltar para casa sem o dinheiro

Sob pressão
Varias pessoas, especialmente na Paulista, seguram o pedestre pelo braço e oferecem um serviço rápido, como medir a pressão, em troca de "alguma ajuda" -de preferência, acima de R$ 1

Além da Imaginação
Jovem pede contribuição para a festa de formatura em hotel cinco estrelas. Em troca, oferece cards (cartões) de super-heróis e marcadores de livros com frases religiosas. Diz que outras 15 pessoas estão fazendo a mesma coisa em outros pontos da cidade

Você gosta de poesia?
Vários poetas usam essa frase para iniciar conversa em que tentam "trocar" um folheto com suas poesias por qualquer quantia. É comum engatarem "papo-cabeça", que vai da magia à falta de tempo das pessoas

Turma do rodo
Meninos avançam sobre o vidro do carro antes que o motorista possa esboçar alguma reação. Atuam em grupos, dividindo o mesmo balde de água suja

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