São Paulo, domingo, 5 de maio de 1996 |
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Cesta básica sobe menos que o mínimo
MAURO ZAFALON
Desde o início do Plano Real, em julho de 1994, o custo médio da cesta subiu 3,2% em São Paulo. Apesar da pouca variação dos preços, o custo médio de uma cesta básica é superior ao valor do salário mínimo atual. A cesta básica custava, em média, R$ 109,79 em São Paulo na sexta-feira, conforme pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), em convênio com o Procon de São Paulo. O custo de uma cesta, que inclui 31 produtos, leva em consideração o consumo de quatro pessoas durante 30 dias. O grupo dos alimentos é o maior, com 22 itens. Os alimentos foram os responsáveis por reajuste tão baixo no últimos 22 meses. Os paulistanos gastam atualmente apenas 1,31% a mais do que em julho de 94 para colocar os alimentos em sua mesa. Pelos cálculos do Dieese e do Procon, o custo médio dos alimentos componentes da cesta é hoje de R$ 86,79 (R$ 85,67 há 22 meses). Higiene e limpeza Já os produtos de limpeza e os de higiene pessoal, que têm peso menor na composição da cesta básica, subiram mais. Os quatro itens componentes do setor de limpeza ficaram 13,6% mais caros no Real, enquanto a alta no setor de produtos de higiene pessoal (cinco itens) foi de 8,3%. Mas, se o bolso do consumidor não foi afetado muito pelo custo da cesta básica, o mesmo não ocorre com outros gastos das classes de renda baixa. O principal peso veio dos aluguéis, que tiveram aumentos acentuados no período, principalmente na periferia. Cálculos da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) mostram que de julho de 94 a abril de 96 os aluguéis subiram 418% em São Paulo. No mesmo período, segundo a Fipe, os custos com ônibus urbano tiveram alta de 55%, enquanto os remédios subiram 30%. A inflação acumulada do Real é de 51%, segundo a Fipe. Texto Anterior: Garantia solidária Próximo Texto: Cigarro tem alta de 10% Índice |
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