São Paulo, domingo, 5 de maio de 1996
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Classe média opta por 3 dormitórios

DA REPORTAGEM LOCAL

A reação do mercado imobiliário de São Paulo observada nos últimos meses se deve principalmente a boa performance de vendas dos apartamentos de três dormitórios.
Em março, segundo pesquisa do Datafolha, a velocidade de vendas (número de imóveis negociados a cada cem vendidos) foi de 9,2%, contra 8%, em fevereiro, e 4,7%, em janeiro. Foi o melhor resultado desde maio do ano passado.
O Datafolha também mostrou que, dos 1.132 apartamentos vendidos no mês, 512 (ou 45,1%) têm três dormitórios.
A participação é bem maior do que a dos de dois e quatro quartos, que representaram, respectivamente, 31,7% e 15,9% do total.
O Secovi-SP (sindicato patronal de imobiliárias e construtoras) apurou que 56,7% das vendas feitas por cem empresas filiadas à entidade, no mês de março, foram de unidades de três quartos e, em média, 97 m2 de área útil.
O Secovi-SP não inclui em sua pesquisa cooperativas habitacionais, que não têm fins lucrativos.
Compactação
Esses números mostram que os apartamentos destinados à classe média estão cada vez menores.
"As empresas tiveram que reduzir custos. Construir apartamentos menores foi a solução encontrada", afirma José Romeu Ferraz Netto, vice-presidente do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil).
José Roberto Dalcon, diretor da imobiliária Fernandez Mera, lembra que o poder aquisitivo da classe média, cada vez mais limitado, aumenta a procura pelo produto.
"Com mais unidades em um mesmo prédio, o preço do condomínio fica mais acessível." Outra condição para o sucesso, na opinião de Fernandez Mera, é possuir duas vagas na garagem.
Foi isso que convenceu, por exemplo, o empresário Eduardo José Santos, 34, a comprar um apartamento novo de três quartos.

LEIA MAIS sobre apartamentos de três dormitórios na pág. 7-3

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