São Paulo, domingo, 5 de maio de 1996 |
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Sonda vai "estacionar" ao lado de asteróide
JOSÉ REIS
Acreditam alguns astrônomos que os asteróides sejam resíduos do processo de formação solar. Outros supõem que eles se entrechocam com outros objetos. De um desses choques com a Terra teria resultado o conhecido fenômeno da extinção de muitas espécies de dinossauros, há 65 milhões de anos. Muitas teorias existem sobre a formação e a natureza dos asteróides, mas elas não passam de especulações. Na verdade, nada de cientificamente definido se sabe sobre aqueles fatos e a estrutura dos asteróides. Sonda Para suprir essa deficiência, o governo norte-americano instituiu a missão NEAR, nome formado a partir das iniciais das palavras "Near Earth Asteroid Rendezvous" (Encontro com Asteróide Próximo da Terra). A missão começou com o lançamento de uma sonda espacial destinada a permanecer um ano a 30 km do asteróide de 40 km chamado 433 Eros. Excelentemente dotada de aparelhagem microeletrônica e de outros tipos, a sonda, lançada em fevereiro deste ano, deverá colher muitos dados que permitam registrar no papel o "retrato" do asteróide (morfologia, estrutura, campo magnético etc). NEAR tem outra significação importante: marca a radical mudança geral na orientação da inchada e em grande parte desacreditada NASA, descentralizando-a. Assim, o projeto NEAR foi confiado a órgão totalmente fora da NASA -o Applied Physics Laboratory, da Johns Hopkins University. É incrível a diferença entre os dois sistemas. O Galileo custou US$ 1,6 bilhão e demorou dez anos para ser construído. A sonda NEAR custou US$ 118 milhões e foi construída em dois anos. Grande parte das diferenças deve-se a procedimentos burocráticos. NEAR possui o mais moderno e adequado equipamento e será seguida por missões semelhantes (sistema Discovery). Texto Anterior: Cubatão quer ocupar viveiro de aves com porto e indústrias Próximo Texto: O que é mol? Índice |
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