São Paulo, domingo, 5 de maio de 1996
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os riscos de uma gravidez tardia

O risco de uma gravidez aos 40 anos gerar uma criança com anomalias cromossômicas é de 2,86%, sendo a Síndrome de Down (mongolismo), a doença mais comum (0,92%).
Aos 44 anos, a chance da criança nascer com alguma doença sobe para 10%. Ainda assim, os médicos dizem que nada é proibido. Cerca de 150 mil dos três milhões de nascimentos que ocorrem todo ano no Brasil são de mães com mais de 40 anos.
"A faixa ideal para a gravidez é entre 20 e 35 anos. Mas a mulher pode ter filho mais tarde se tomar cuidados", diz o geneticista Thomaz Gollop.
Esses cuidados se restringem a dois exames complementares, além daqueles já comuns nos pré-natais: amostra de vilo coreal ou amniocentese.
Por amostra de vilo coreal, entende-se retirar células da placenta por meio de uma agulha para estudar seu material genético, igual ao do feto. A amniocentese consiste na retirada de uma amostra do líquido amniótico. Os dois exames permitem estudar os cromossomos do feto e detectar doenças.
O problema, segundo Gollop, é que, no Brasil, as mulheres não têm acesso aos exames devido às condições financeiras. Problemas que Madonna, Assíria ou Xuxa nunca vão ter.
Suas preocupações deverão, então, ser diabetes ou hipertensão, se tiverem tendência.
Segundo o ginecologista Élvio Tognotti, de 20 a 30 anos, a chance de engravidar durante um mês chega a 25%. Após os 40, varia de 5% a 10%.

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