São Paulo, terça-feira, 7 de maio de 1996
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Moradores de Itaquera pedem mais médicos; Laudo não confirma tortura em comerciante; Polícia acusa pai de matar filha grávida; Estudante é morta na saída de baile funk

Moradores de Itaquera pedem mais médicos
Cerca de 40 moradores de Itaquera (zona leste) foram ontem ao gabinete do secretário estadual da Saúde, José da Silva Guedes, solicitar o envio de médicos para um posto do bairro que foi inaugurado há dois anos e funciona precariamente. Segundo os moradores, o Posto de Saúde Parada 15 de Novembro só tem um médico, que atende no local apenas 2 h por semana. O grupo foi acompanhado do vereador Adriano Diogo (PT).

Laudo não confirma tortura em comerciante
O resultado do exame de corpo de delito realizado no vendedor Luís Cesar Scwinzekel, 20, que acusa policiais do 15º DP, no Itaim Bibi (zona oeste), de o terem torturado no último mês, não confirmou as agressões. O laudo foi divulgado ontem pela delegada-corregedora encarregada do caso, Claudia Pereira. A delegada disse que esse resultado não é suficiente para encerrar as investigações sobre a suposta tortura.

Polícia acusa pai de matar filha grávida
O motorista Nelson Rodrigues, 40, foi preso na última sexta em Santos (litoral de SP), sob a acusação de matar a filha de 15 anos, grávida de oito meses. Segundo a polícia, Rodrigues afirmou que a filha, Daniele Albuquerque, se recusou a revelar o nome do pai da criança. Eles teriam discutido, e o motorista teria disparado um tiro na barriga de Daniele, que morreu ao chegar ao hospital. Segundo a polícia, ele confessou o crime.

Estudante é morta na saída de baile funk
A estudante Michele da Silva Cesário, 15, foi morta a tiros, na madrugada de ontem, quando saía de um baile funk em um clube na Cidade de Deus, em Jacarepaguá (zona oeste do Rio). Três outras estudantes ficaram feridas. Os tiros teriam partido de um carro não-identificado, que passou em frente ao portão do clube Mocidade Unida de Jacarepaguá por volta das 0h30, quando um grupo de homens e mulheres saía.

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