São Paulo, sábado, 11 de maio de 1996
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ONGs querem ajudar o Estado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As ONGs (organizações não-governamentais) brasileiras que vão ao Habitat 2 querem incrementar a parceria com o Estado.
Uma das principais metas da conferência será achar maneiras de incentivar a parceria entre empresários, governo e sociedade civil, principalmente nos países subdesenvolvidos, onde há pouco intercâmbio.
Segundo Alan Trajano, diretor-executivo da Ansur (Associação Nacional do Solo Urbano), a melhor colaboração que as ONGs podem dar ao Estado na resolução dos problemas das cidades é diagnosticando esses problemas e elaborando projetos técnicos para solucioná-los.
"As ONGs não estão mais se limitando a apontar os problemas. Já há exemplos em pelo menos dois Estados brasileiros de ONGs que ajudam os governos na elaboração técnica de projetos", afirmou Trajano.
Em Recife (PE) e em Belo Horizonte (MG), o programa de urbanização de favelas está sendo elaborado e gerenciado em conjunto por ONGs e governos municipais.
A divisão da responsabilidade entre ONGs e poder público também é uma recomendação das agências de financiamento internacional, como o Banco Mundial.
Trajano afirma que as ONGs podem colaborar com a obtenção de recursos no exterior. "Mas a responsabilidade maior é do governo federal. Investimentos em habitação, saneamento e transportes sempre vieram do Estado", disse.

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