São Paulo, segunda-feira, 13 de maio de 1996 |
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'PAS mudaria o resultado'
DA REPORTAGEM LOCAL O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Roberto Paulo Richter, disse que os resultados da pesquisa não o surpreendem."Se a pesquisa fosse feita só nas áreas onde já temos o PAS, o resultado seria diferente", afirmou Richter. O PAS prevê a transferência dos hospitais da prefeitura para o controle de cooperativas formadas por médicos e funcionários licenciados do serviço público. Ele começou a ser implantado na cidade em janeiro na região de Pirituba (zona norte). Pelo plano, a cooperativa recebe R$ 10 por paciente cadastrado. Os moradores cadastrados recebem carteirinhas com seus dados pessoais. Pessoas não-cadastradas só podem receber atendimento de emergência. A maioria das entidades médicas criticam o PAS -no dia 24 de janeiro ele foi considerado inconstitucional e chegou a ser suspenso pela Justiça, mas uma nova decisão judicial permitiu que ele voltasse a funcionar em março. Os principais críticos do PAS afirmam que o plano pode "privatizar" a saúde porque transfere o gerenciamento dos hospitais para cooperativas de médicos. Mas a prefeitura afirma que a fiscalização das cooperativas é muito rigorosa e existem mecanismos de controle dos gastos feitos pelas cooperativas. O secretário disse que a prefeitura atendia 17% da população antes de implantar o PAS. "Nas áreas onde o plano já está funcionando atendemos 45%", afirmou o secretário. Em 96, o Orçamento da cidade prevê R$ 800 milhões para a Secretaria da Saúde. Texto Anterior: OMS sugere mudar prioridade Próximo Texto: Postos em Salvador oferecem remédios Índice |
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