São Paulo, segunda-feira, 13 de maio de 1996 |
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Cortes não devem causar problemas, diz ministro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O ministro Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos) afirma que o corte de 15% nas emendas dos parlamentares não vai gerar problemas com o Congresso: "O Serra (José Serra, ministro do Planejamento) agiu da forma mais criteriosa."Segundo ele, seu colega cortou emendas que eram ilegais e não favoreceu nenhum partido ou parlamentar. "Ele tem explicações técnicas para cada emenda. Eu sabia dos cortes que seriam feitos." O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), acha que poderá haver reclamações isoladas, mas não prevê maiores problemas. "Sempre há reclamações, porque o parlamentar tem uma expectativa. Mas os cortes foram negociados com o relator (do Orçamento, deputado Iberê Ferreira, PFL-RN)", avalia Aníbal. O corte de R$ 108 milhões atingiu emendas ilegais, destinadas também a obras eleitoreiras, como construção de muros de arrimo, estradas vicinais, terminais rodoviários e verba para vale-refeição. Arnaldo Madeira disse que avisou aos parlamentares que essas emendas eram inconstitucionais, porque destinavam recursos da União a obras tipicamente de responsabilidade dos municípios. O vice-líder salienta que o corte foi pequeno (15%) se comparado com o do ano passado. Em 1995, Serra cortou mais de 50% das emendas dos parlamentares. "Fui o responsável pelas negociações com o Executivo e me sinto confortável. O problema não vai estar nos vetos, mas na assinatura dos convênios", prevê Madeira. Texto Anterior: Governistas exigem verbas eleitoreiras Próximo Texto: Líderes do presidente trocam xingamentos e fazem ameaças Índice |
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