São Paulo, segunda-feira, 13 de maio de 1996
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Rio reduz o público e aumenta GP

Brasil planeja Indy-97

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma prova de maior duração e com menor capacidade para público no autódromo Nelson Piquet, no Rio, aguarda a Indy, no Brasil, no ano que vem.
Os organizadores da corrida requereram oficialmente à IndyCar a ampliação dos 400 -extensão da prova de março deste ano- para 500 quilômetros em 97.
A entidade dirigente da categoria deve exigir mudanças na pista oval carioca para autorizar a ampliação. Os raios das curvas um e quatro precisarão ser atenuados.
Se confirmada a mudança, o nome da prova vira "Rio 500". O número 500 é simbólico no marketing da Indy, já que as principais provas da categoria são aquelas de 500 milhas (804,5 km).
Uma modificação já definida pela organização da etapa brasileira é a redução do número de lugares disponíveis para o público.
Apenas as arquibancadas de concreto do autódromo serão utilizadas. Os organizadores desistiram das arquibancadas tubulares, erguidas para a prova deste ano.
A alteração representará uma redução de cerca de 40% dos assentos em relação a 96.
A medida foi tomada por duas razões. Primeiro, não se conseguiu lotar o autódromo na Rio 400. A torcida ocupou menos da metade da capacidade do circuito.
Prejuízo
Segundo, a construção de arquibancadas móveis encarece o evento. E a Intag pretende reduzir seus custos no próximo GP.
Em vez dos US$ 18 milhões gastos em 96, a agência promotora da corrida quer consumir US$ 13 milhões no ano que vem.
Planeja, ainda, faturar US$ 15 milhões com a corrida e gerar lucro de US$ 2 milhões, que cobriria parte do prejuízo de US$ 5 milhões que a prova deste ano deixou.
"Tivemos problemas de credibilidade", disse Jorge Cintra, presidente da Intag. "Até o fim, tinha muita gente dizendo que não haveria a corrida. Agora, ela é uma realidade", completou.

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