São Paulo, segunda-feira, 13 de maio de 1996 |
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Hotel desperta o instinto cleptomaníaco
JOSÉ SIMÃO
Um levaria aquele busto de perucão que fica no lobby, outro disse que levaria a televisão que ele tá precisando, outra levaria os lençóis macios, outro um robe, outra ficou encantada com aquele armário de gavetinhas forradas de feltro para brincos e abotoaduras, outro levaria a cama de oito por oito. E uma outra disse que levaria aquela poltrona de pluma de ganso para ficar assistindo "Table Ronde" na TV, aquelas mesas redondas intermináveis. Mas o luxo é chegar no fim da tarde e encontrar o quarto arrumado pela 18ª vez: à meia-luz, com fundo de música clássica e um banho de espuma. E o Pelé fica hospedado lá. E eu ganhei um guarda-chuva do George 5º sensacional. Acho que vou vender para o manobrista daquele flat residence chamado George 5º ali nos Jardins. Rarará. Tô brincando! Vou guardar para estrear na Bienal! Ficar hospedado no George 5º é bom para tomar táxi e mandar essa: "George 5º, s'il vous plaît". Rarará! Texto Anterior: St-Germain não é mais aquela, mas continua bela Próximo Texto: Sena é palco para sonhos Índice |
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