São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996 |
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Descartada troca de arma por alimento Objetivo é apenas sensibilizar a população ROGERIO SCHLEGEL
A troca faria parte da campanha de desarmamento anunciada pelo secretário José Afonso da Silva, após o aumento dos assassinatos no Carnaval. Quase três meses após anunciada, a parte publicitária da campanha ainda não saiu do papel. Segundo o publicitário Duda Mendonça, cuja agência prepara a campanha, está definido que será "institucional". "Não vamos propor a troca da arma por alguma coisa, mas tentar sensibilizar a população para que deixe sua arma em casa, ou mostrar que ter revólver não resolve a criminalidade", afirmou. A Folha apurou que a campanha não deve se posicionar contra a compra de armas, para não prejudicar os fabricantes. Pesquisa inviável A assessoria de imprensa da secretaria informou que se mostrou inviável a pesquisa para apurar o bem mais adequado como contrapartida às armas. O instituto Gallup não conseguiu reunir moradores da periferia que tivessem arma e estivessem dispostos a participar. Segundo a secretaria, a idéia da troca era "apenas simbólica". A parte operacional da ofensiva pelo desarmamento está em curso, com operações da polícia que têm como um dos objetivos apreender armas irregulares. Novela A secretaria informou que a TV Globo já teria concordado em abrir espaço em suas novelas para um tipo de "merchandising institucional" contra as armas. A idéia seria mostrar diálogos que comentassem a inutilidade e os riscos de andar armado. O setor de divulgação da TV Globo informou que a direção desconhece qualquer acerto. Texto Anterior: Tiro que matou estudante partiu da PM Próximo Texto: Aula pode ser suspensa por insegurança Índice |
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