São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996 |
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Rolos ficaram perdidos por 70 anos
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM SAN FRANCISCO "Sereia dos Trópicos" foi lançado em 1927 na França. Segundo Jean-Claude Baker, filho de Josephine, os jornais da época anunciaram a película como a primeira em cor a ser mostrada em Paris.Os rolos em 16mm ficaram perdidos durante quase 70 anos. Na última vez em que o filme foi mostrado nos EUA, o fracasso de bilheteria foi total. Patrick Bensard, diretor da Cinemateca da Dança, lembra que há apenas três minutos desaparecidos da versão original. "Quando a restauração começou, não se sabia o valor da obra. Apenas se sabia que Josephine era parte do elenco". Mito Segundo Jean-Claude, uma das 12 crianças adotadas por ela, os traumas da juventude miserável nunca pararam de assombrar Josephine. Nascida de um caso da jovem negra Carrie McDonald com um desconhecido branco que aparece na certidão de nascimento como "Edw.", Baker cresceu num lar disfuncional. O preconceito castigou sua pele cor de cobre. Dentro da própria família, não era escura o suficiente. Para o mundo, não era clara o suficiente. Se casou aos 13 anos. O marido tinha 26. Em maio de 22 ela estava na Broadway, na primeira produção com negros em palcos nova-yorquinos. Chegou em Paris em 1925, levada pela aristocrática Caroline Dudley Reagan, que queria chocar a sociedade com o talento dos negros americanos. Morreu em 1975, vitima de uma hemorragia cerebral. Texto Anterior: Franceses restauram fita de Josephine Baker Próximo Texto: Cildo Meireles terá grande mostra em NY Índice |
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