São Paulo, domingo, 26 de maio de 1996
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Para ONGs, parceria com governo é tabu

NOELLY RUSSO
DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez uma delegação oficial brasileira para conferências da ONU pode incluir a presença de ONGs. A própria ONU abriu os debates oficiais para essas entidades.
Depois do encontro, a expectativa é que as ONGs atuem de maneira mais conjunta com os governos.
"Vai depender de o governo brasileiro agir mais concretamente. O Brasil não dá sequência às resoluções tomadas em encontros mundiais", diz Silvio Caccia Bava, 46, presidente da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong).
"As ONGs não pretendem tomar o lugar do Estado. As organizações querem trabalhar ao lado do governo de forma participativa, em projetos que incluam o envolvimento da sociedade."
Bava diz não acreditar que essa parceria vá acontecer efetivamente no Brasil. "Não acredito que o governo brasileiro queira efetivamente trabalhar com outros setores na administração das cidades."
O presidente da Abong diz que, por outro lado, as ONGs brasileiras estão preparadas para adotar uma ação mais efetiva. "A atuação de organizações indepdentes do governo não é novidade", diz. "Há projetos para áreas como moradia, educação, trânsito, saúde, preservação ambiental, assuntos relacionados à Habitat."
(NR)

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