São Paulo, domingo, 26 de maio de 1996 |
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Iniciativa privada sustenta 60% dos projetos urbanísticos britânicos
IGOR GIELOW
"No ano passado, o país gastou US$ 21 bilhões em projetos de regeneração urbana e conservação de meio ambiente. Deste total, as empresas pagaram 60% e o resto coube a nós", afirmou o ministro de Planejamento, Construção e Uso de Energia do Departamento do Meio Ambiente britânico, Robert Jones. O principal projeto em curso é o de regeneração da região das docas de Londres, a Docklands, e a revitalização de todo a margem do rio Tâmisa da capital até Sheerness, na costa do mar do Norte. Nas décadas de 60 e 70, com a decadência da importância do comércio por meio de barcos no Tâmisa, a região das docas de Londres entrou em franca decadência. Prédios arruinados, criminalidade crescente e uso de antigos estaleiros como cortiços descaracterizaram a região. Em 1981, formou-se um grupo empresarial para estudar alternativas de regeneração. Dez anos depois, o projeto tomou sua forma atual, envolvendo todo trecho final do Tâmisa. Deve gastar, até o ano 2000, cerca de US$ 12 bilhões. Cerca de 2.500 empresas bancam 80% do projeto. Metade delas já existia no local; a outra metade foi atraída pela proposta. Além da utilização turística das docas, foi criado um centro comercial em Canary Wharf. O centro está em construção e deverá empregar 64 mil pessoas. A infra-estrutura de transporte já está sendo montada e o primeiro ramal da Docklands Light Railway, linha de trem ligada ao metrô, opera desde o ano passado. Parte das construções que abrigavam estaleiros foi demolida, dando lugar a cerca de 17 mil casas. A criminalidade, segundo a Polícia Metropolitana, voltou aos níveis da década de 70. A população da área, que era de 61 mil pessoas em 1980, chegará a 115 mil em 2000. Duas empresas controlam os interesses particulares nos projetos da Thames Gateway, que compreende a bacia do Tâmisa. 'Èlas vão administrar, neste ano, US$ 450 milhões para a construção de um shopping center e centros comerciais", disse o ministro da Regeneração, David Curry. O orçamento total para regeneração de áreas urbanas do governo chega a US$ 1,5 bilhão por ano. Texto Anterior: Cidades trocam experiências Próximo Texto: Delegada mais jovem tem 14 e usa Armani Índice |
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