São Paulo, domingo, 26 de maio de 1996
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Cidades trocam experiências

LUIZ ANTONIO RYFF

Criada em 1985, o Metrópolis reúne 60 das maiores cidades do mundo para trocar informações sobre os problemas administrativos, sociais, econômicos e ambientais -os principais são desemprego, transporte e saúde.
Megalópoles como Tóquio, Nova York, Londres, Berlim, Paris, Moscou, Seul e Cidade do México fazem parte do Metrópolis. Do Brasil, Rio e Brasília se associaram.
"Quando uma cidade tem um problema concreto, ela expõe a questão para o grupo e pede sugestões", explica Alain De Saux, diretor-técnico do Metrópolis.
Foi o que aconteceu com o Rio, que há algumas semanas pediu ajuda na formação de administradores hospitalares.
"Estamos formando um grupo de especialistas de cidades norte-americanas, européias e asiáticas para ir ao Rio e, por uma semana, dar informações técnicas e transmitir suas experiências."
De Saux diz que o Metrópolis permite a elaboração de acordos de cooperação entre as cidades.
"Barcelona está ajudando Córdobra (Argentina) a organizar um programa de desenvolvimento turístico. Montreal auxilia Casablanca a pôr em funcionamento um centro de controle da poluição."
O grupo prega a descentralização das decisões e maior autonomia às cidades. "Hoje, o conjunto do desenvolvimento depende mais das grandes cidades do que dos Estados. Rio e São Paulo devem representar mais de 60% da atividade econômica brasileira", diz.
"Não é possível que apenas os países e a ONU discutam o desenvolvimento urbano. A questão urbana é um problema de cada local. São os habitantes de São Paulo e de Paris que devem decidir as soluções para suas cidades e não os governos brasileiro e francês."
Metrópolis é um dos quatro fundadores do grupo G4+, que organiza, nos dias 30 e 31, em Istambul, a Amval (Assembléia Mundial de Cidades e Autoridades Locais).
De Saux diz que o financiamento para projetos urbanos está dividido em diversas agências e que o Metrópolis reivindica a criação de uma agência que centralize as questões urbanas.

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