São Paulo, domingo, 26 de maio de 1996
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Lesão atinge 'atleta ocasional'

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

Os "atletas de fim-de-semana" são os principais candidatos a uma lesão de menisco na população mais jovem. O médico Gilberto Camanho diz que mais de 80% dos jovens com lesão de menisco não praticam atividade física regular.
Segundo ele, é mais difícil que alguém que se exercite diariamente ou que um atleta enfrente esse problema. A musculatura bem "trabalhada" dos membros inferiores protege a articulação do joelho.
O rompimento do menisco em jovens é um processo abrupto. Uma torção ou uma flexão brusca podem levar a uma "quebra" dessa estrutura.
Camanho diz que um menisco lesado lembra um prego no sapato. Toda vez que a pessoa se movimenta, sente dor e a presença de algo que incomoda.
Se a pessoa aceita viver com algumas limitações a sua atividade física e com alguns desconfortos, a cirurgia do menisco não precisa ser feita. No entanto, há maior risco de uma degeneração precoce da articulação (artrose).
O estudante André Mangieri Alexandre, 20, jogava futebol de três a quatro vezes por semana. Há mais ou menos seis meses, ele teve uma torção no joelho esquerdo.
"Depois da primeira torção, conseguia jogar bola, mas não dava para dobrar a perna. Não procurei um médico nessa ocasião."
Três meses depois, novamente jogando bola, André sofreu outra torção. "Aí a coisa ficou feia, e não podia mais correr. Só a artroscopia resolveu o meu problema."
(JB)

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