São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 1996 |
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Bienal terá Jackie O. e Mao de Warhol
CELSO FIORAVANTE
Serão apresentados cerca de 40 trabalhos de Warhol (1930-1987), divididos em retratos e torsos. Os curadores explicaram que a divisão temática vai possibilitar uma ligação mais direta da obra do artista com o tema da Bienal. "O contraponto dos retratos de celebridades com os torsos anônimos trabalha com a temática da desmaterialização da arte", disse o curador Mark Francis. "Warhol é fundamental na discussão do tema, pois desmobilizou a linguagem pictórica nos anos 60 e se tornou um dos principais codificadores da multimídia nas artes", disse Nelson Aguilar, curador-chefe da Bienal. No setor de retratos, serão apresentados trabalhos realizados desde a adolescência do artista. Personalidades emblemáticas da sociedade norte-americana e mundial foram retratadas pelo artista e estarão na Bienal, como Mao Tse-Tung, Elizabeth Taylor e Jacqueline Onassis, em trabalhos produzidos entre 1960 e 1980. Também estarão presentes auto-retratos do artista, realizados para papel de parede. Os curadores não confirmaram a presença dos retratos de Pelé ou de Marilyn Monroe. O museu Andy Warhol é o maior museu dedicado a apenas um artista nos EUA e reúne objetos, documentos, fotos e trabalhos do artista produzidos entre 1940 e 1986. Está localizado em um edifício industrial remodelado que data de 1912. O acervo é composto por obras doadas pela Fundação Andy Warhol, DEA Foundation e Carneggie Museums, de Pittsburgh, cidade natal do artista. Texto Anterior: Debate vai analisar tecnologia nas artes Próximo Texto: Mostra tem Eisenstein quase completo Índice |
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