São Paulo, domingo, 2 de junho de 1996 |
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"Carro precisou de 47 extintores grandes"
JOSÉ CARLOS CHAVES
No dia 1º de fevereiro, sua filha Fabiana, 21, havia ido até um supermercado. Após estacionar, um motorista alertou-a sobre a fumaça branca que saía do capô. Assustada, correu até um lava-rápido a 100 metros dali, para buscar ajuda. Ao voltar, as chamas já tomavam conta do veículo. "Os seguranças do mercado usaram 47 extintores grandes, fora os extintores pequenos dos motorista que ajudaram." Ângelo disse que nunca lavou o motor do carro (motivo alegado pela Fiat como causa dos incêndios), que foi comprado 0 km e que passou por todas as revisões previstas pela montadora. Antes de saber de outros casos, ele achou que fosse sabotagem. "Um dia eu li no jornal: 'Tipo pega fogo no Rio'. Foi um alívio." O advogado Roberto Coimbra, 46, conta que saiu da oficina que tinha feito a troca da peça direto para seu escritório. "Quando o fogo começou, foram necessários cinco extintores, daqueles de edifícios, para apagar o incêndio." A designer Akemi Ono, 28, estava estacionando o Tipo do seu irmão Ichiro, 31, quando percebeu a fumaça sob o capô. "Tirei minha mãe do carro, peguei logo o extintor, mas em menos de dois minutos o fogo já tinha começado", explica Akemi. No dia 12 de abril, a professora aposentada Célia Nina Lesqueves, 53, voltava para casa com seu Tipo 94. Por sorte, fez uma parada antes de entrar na garagem. Foi quando começou o incêndio. O advogado Pedro Coimbra de Almeida, 59, de Governador Valadares (MG), recebeu a comunicação de convocação em maio. Só que seu Tipo 94, com 24.000 km rodados, havia sido consumido pelo fogo dois meses antes. As vítimas procuradas pela Folha relataram que os incêndios começaram com uma fumaça branca saindo do capô, junto ao pára-brisa, do lado direito -sempre durante ou após a manobra de estacionamento. (JCC) Texto Anterior: Audi RS2 tem "coração" de Porsche Próximo Texto: CARTAS Índice |
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