São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 1996 |
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Celso Blues Boy faz dueto com B.B. King
SYLVIA COLOMBO
"Eu era uma alternativa no meio do escracho da música pop", diz o bluesman Celso Ricardo Furtado de Carvalho, o Celso Blues Boy, que na época lançava "Aumenta que Isso Aí É Rock'n'Roll." Seu novo álbum, "Indiana Blues", levou quatro anos para ser concluído e tem participação do norte-americano B.B. King. "É um trabalho maduro, tive tempo para cuidar dos arranjos." Além de dez músicas inéditas, o disco traz alguns dos sucessos de sua carreira de 25 anos: "Tempos Difíceis", "Amor Vazio", "Sempre Brilhará" e "Aumenta que Isso Aí É Rock'n'Roll". Diferentemente de seus trabalhos anteriores, marcados por um som mais pesado e muito vinculado ao rock, "Indiana Blues" é basicamente acústico, com arranjos simples de guitarra-baixo-bateria. O visual do bluesman também mudou. Caricaturado pela mídia como o "marginal do rock", Celso está bem diferente. Na capa do CD, aparece de cabelos curtos. B.B. King O Blues Boy de seu nome é uma homenagem a B.B. King, seu ídolo de adolescência. A amizade com o músico veio em 1986, quando Celso foi convidado pela revista "Roll" a entrevistar o músico norte-americano, que estava em excursão pelo Brasil. "Acabei tocando com ele no show." "Mississipi", a faixa que os dois dividem, homenageia a Robert Johnson, o mítico bluesman que teria feito um pacto com o diabo. Outro homenageado é Raul Seixas, numa parceria "do além". Celso tocou na banda de Raul quando tinha 17 anos. "Um dia desabafei com ele num bar. Depois que ele morreu, a Kika (Seixas) achou uma carta dele fechada endereçada a mim. Era o teor da nossa conversa." Celso musicou a carta e assim surgiu "Liberdade". Texto Anterior: Aimee Mann surpreende em "I'm with Stupid" Próximo Texto: Edson Cordeiro opta pelo som camerístico em seu novo CD Índice |
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