São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 1996 |
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Edson Cordeiro opta pelo som camerístico em seu novo CD
MARISA ADÁN GIL
Timbres de piano, acordeão, clarinete, clarone, viola e percussão compõem o som escolhido pelo cantor para seu terceiro álbum. "Estou me sentindo mais suave", diz Cordeiro. Pela primeira vez em sua carreira, foi a escolha dos instrumentos que ditou o repertório. "Queria um som só, mais camerístico". Isso não impediu que cantasse um samba-enredo com viola, piano e clarinete. "Fazer o samba passear pela música de câmara foi um desafio." O grito foi trocado pelo sussurro. "Estou cantando mais perto do ouvido", diz. "Eu precisava ter amadurecimento para fazer isso." Adoniran Barbosa, José Miguel Wisnik, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Jackson do Pandeiro estão entre os autores selecionados. Não há nenhuma música em inglês. "É o meu trabalho mais brasileiro." "Escolhi músicas que Wisnik tinha feito para o teatro. 'Primavera/Verão' estava em 'Mistérios Gozosos', do José Celso." Apitos e garrafas foram usados no arranjo da sertaneja "Saudade da Minha Terra", para a qual ele tem explicação sentimental: seu pai costumava cantar para ele. Sutilezas à parte, o cantor não deixou a ópera de lado. No disco, há duas árias de Handel, nas quais é acompanhado pela Orquestra Barroca de Campinas. Disco: "Terceiro Sinal" Artista: Edson Cordeiro Lançamento: Sony Preços: R$ 20 (o CD, em média) Texto Anterior: Celso Blues Boy faz dueto com B.B. King Próximo Texto: Ainda não foi desta vez Índice |
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