São Paulo, quinta-feira, 6 de junho de 1996 |
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Sem alternativa
NELSON DE SÁ
Mas o pior da nova lei é ouvir, do tucano Fábio Feldmann, na Bandeirantes: - Infelizmente, nós não temos outra alternativa. Um tucano, incapaz de confronto, não tem mesmo alternativa. Mas na Califórnia, por exemplo, nem cogitaram do rodízio. A legislação deu prazos exíguos para a indústria de automóveis reduzir a emissão de poluentes, no Estado. Mas é preciso escolher entre confrontar os cidadãos, como fizeram aqui, ou a temerosa indústria automobilística. Kandir, aquele poço de insensibilidade economicista, já chegou esforçando-se por cortar os recursos para a saúde. Diante das críticas de Kandir, Adib Jatene ameaçou demissão se o governo retirar o apoio à contribuição sobre movimentação financeira, que financiaria os investimentos em saúde. Encontrou um defensor em Boris Casoy, que atacou os que tentam fazer o ministro de "palhaço". Foi "uma noite de horror", afirma a Record. É a "guerra urbana", afirma a Bandeirantes. A cobertura já perdeu o sentido, diante da banalização da violência na periferia de São Paulo, com as chacinas. Podem falar em "crueldade", como ontem, porque queimaram os corpos. Podem enumerar, 27, 28 chacinas, ou 81, 94 mortos. Ninguém mais reage. Nem o envolvimento de policiais revolta mais. Até porque bastou o secretário José Afonso da Silva apontar policiais envolvidos para as chacinas aumentarem. Texto Anterior: Assessor nega envolvimento da administração Próximo Texto: Antiquercistas apelam à Justiça em São Paulo; PT de Betim racha com escolha de vice Índice |
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