São Paulo, quinta-feira, 6 de junho de 1996
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Ministério dá manual sobre remédios às farmárcias

PAULO SILVA PINTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Saúde pretende melhorar a orientação informal que balconistas de farmácias dão sobre medicamentos contra doenças sexualmente transmissíveis.
O objetivo a longo prazo é acabar com esse procedimento.
Há dois meses estão sendo distribuídas 800 mil cartilhas, que custaram R$ 250 mil, com orientações diferentes para médicos, farmacêuticos, balconistas e consumidores.
Segundo pesquisas, 70% dos brasileiros se automedicam.
Há 8 milhões de pessoas no país com doenças sexualmente transmissíveis.
O programa prevê como meta para o ano 2000 o fim da automedicação para essas doenças, fazendo com que as pessoas procurem médicos quando têm gonorréia e sífilis, por exemplo.
"Infelizmente não é possível mudar isso da noite para o dia", diz Lair Guerra de Macedo, coordenadora do Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids.
Gonorréia sem tratamento, por exemplo, pode causar esterilidade e sífilis, além de lesões no sistema nervoso.
Lair acha que as cartilhas terão o efeito colateral de melhorar a orientação informal, que ocorre irregularmente.
Os remédios antibióticos têm tarja vermelha -que obriga prescrição médica para a venda- ou preta -que obriga a farmácia a manter a cópia da prescrição.
A informação sobre qual é o remédio ideal para cada doença está na cartilha que se destina aos farmacêuticos. Os balconistas podem, eventualmente, ter acesso a ela também.
Hoje, segundo Lair Guerra, além de irregular a orientação é mal feita.

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