São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996 |
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Como identificar um fóssil com mais de 50 mil anos? Paulo Henrique Alves, 13, estudante, Orlândia (SP) Levy Figuti, do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP responde: "Embora muito conhecido, o método de datação pelo isótopo do carbono-14 não é o único método de datação por isótopos, sendo que há isótopos cuja meia-vida é maior que a do carbono. "É por meio desses métodos que arqueólogos, paleontólogos e geólogos podem obter datações absolutas mais antigas. "Um dos métodos é o do urânio-238/tório-230, que atinge datações de até 400 mil anos; o do urânio-234/urânio-238 atinge até 250 mil anos. "O método do potássio-40/argônio-40 pode estimar idades entre 20.000 e 4,5 bilhões de anos. "Além desses métodos, existem outros procedimentos baseados em outros princípios físico-químicos que também concorrem para obtenção de datações: traços de fissão, ressonância paramagnética do spin e o paleomagnetismo. "A utilização desses diferentes métodos dependerá do material disponível para ser datado, e por vezes é necessária a combinação de vários métodos para se obter datações confiáveis. " Correspondência para a seção "Sem Mistério" deve ser encaminhada à Editoria de Ciência (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, CEP 01290-900, São Paulo), com nome, idade, profissão e endereço. Não serão respondidas cartas com pedidos de aconselhamento médico ou psicológico. Texto Anterior: COMETA; GRIPE; RESFRIADO; GENÉTICA; CÂNCER; EVOLUÇÃO; SAÚDE; A PALAVRA Próximo Texto: Astrônomos estudam relato de frade sobre "fim do mundo" na Amazônia Índice |
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