São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Astrônomos estudam relato de frade sobre "fim do mundo" na Amazônia

VINICIUS TORRES FREIRE
DA REPORTAGEM LOCAL

Na manhã do dia 13 de agosto de 1930, seringueiros e pescadores do Amazonas acharam que o mundo estava acabando. O ar ficou vermelho e caíram bolas de fogo do céu, ao som de trovões. As pessoas se ajoelharam e rezaram. No começo da tarde, porém, o dia clareou -não era o Juízo Final.
Cinco dias depois, um frade capuchinho que andava pela região ouviu os depoimentos de seus fiéis sobre o caso. Seu relato, publicado em 1931, ficou praticamente esquecido até 1989, quando os astrônomos começaram uma corrida para confirmar o que pode ter sido a maior queda de meteoritos desde que se começou a estudar o céu, há cerca de 5 mil anos, pelo menos.
Os cientistas procuram os papéis perdidos do capuchinho Fedele da Alviano (1885-1956) e sinais do impacto dos meteoritos na floresta. Até agora, a caça aos escritos de Alviano deu em nada. Mas pesquisadores brasileiros já encontraram registros científicos que podem comprovar a chuva de meteoritos.

Texto Anterior: Como identificar um fóssil com mais de 50 mil anos?
Próximo Texto: Cientistas cassam papéis do frade
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.