São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996
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o tamanho da carência

GABRIELA MICHELOTTI

A pedagoga Célia Norberto, 46, divorciada há 16, procura um homem com caráter, bom nível intelectual e situação financeira definida para um compromisso.
Como a maioria das descasadas, solteiras e viúvas de São Paulo, ela reclama da absoluta falta desse tipo de homem no mercado. "Os homens são muito imaturos e não sabem o que querem. Em cada esquina olham para uma mulher diferente", lamenta.
Outra queixa frequente é que eles não sabem se aproximar, contrariando a expectativa das mulheres, que esperam que o homem tome a iniciativa, busque a abordagem, mas o faça de maneira interessante.
A jornalista Mona Dorf, 36, casada, diz que os homens tendem a procurar as mais novas porque são imaturos. "Eles se assustam com as mulheres auto-suficientes, que trabalham, então procuram as novinhas", esclarece.
Já para a atriz Aracy Balabanian, descasada, a culpa é em parte das mulheres: "A minha geração foi muita agressiva com os homens. Eles se assustaram e ficaram arredios, com medo das mulheres."
(G.M.)

Homem até que tem. O que está em falta são os homens considerados interessantes, como mostra o quadro acima. Não importa a idade delas, as mulheres em geral não estão felizes com os homens que aparecem. As menos insatisfeitas são as teens de 16 e 17 anos. As mais descontentes são justamente as que estão no auge da performance física, intelectual e profissional, na faixa dos 25 aos 39 anos. Dessas, só aproximadamente 1 entre 4 mulheres disponíveis considera haver homens interessantes na medida certa.

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