São Paulo, domingo, 16 de junho de 1996
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Professora se trata há 5 anos

ESPECIAL PARA A FOLHA

Neusa teve sua última menstruação em 1990. Ela já vinha enfrentando irregularidade menstrual um ano antes da interrupção final dos seus ciclos.
"No começo, achei que as menstruações iriam voltar, mas logo os sinais da menopausa ficaram muito fortes. Ondas de calor, mal-estar, ansiedade, irritabilidade e dor nas pernas. Brigava com todo mundo. Nem eu, nem meu marido, nem meus filhos entendiam o que estava acontecendo."
A professora diz que a pele, os cabelos e a vagina também ficaram mais ressecados.
"Aguentei uns quatro meses com esses sintomas e daí resolvi procurar o médico. Ele receitou adesivos (só de estrógeno) associados a comprimidos (de progesterona). Em poucos meses, estava me sentindo bem."
No meio do tratamento, Neusa tentou usar só comprimidos. "Não me acostumei. Agora estou usando um adesivo mais moderno que já tem estrógeno e progesterona".
Neusa acha que os hormônios são fundamentais para a sua saúde. "Só as ondas de calor já deixam a gente louca. Depois dos adesivos, tudo fica normal".
A empresária Anita Calil Silva, 51, também está usando a via transdérmica há dois anos para repor seus níveis hormonais.
Anita teve a última menstruação aos 42 anos e acabou levando sete anos para iniciar a reposição hormonal.
"Estava envelhecendo muito. Ganhei dez quilos em um ano de menopausa. Não entendia o que estava se passando com meu corpo. Sempre fui magra e não estava comendo mais do que o habitual. O cabelo perdeu o brilho, andava desanimada, tinha ondas de calor e dormia tensa."
A empresária conta que também teve ressecamento vaginal e que as relações sexuais passaram a ser desconfortáveis. "O desejo não diminui mas você evita as relações."
Anita começou a aplicar os adesivos e não teve muitos efeitos colaterais. Ela sentiu apenas um pouco de náusea no primeiro mês de tratamento. Sangramentos mensais de três dias voltaram a fazer parte do cotidiano da empresária.
"Em dois meses, fiquei ótima. Meu corpo voltou a ter a forma original, a lubrificação vaginal se normalizou, pele e cabelos ficaram saudáveis e o ânimo reapareceu."
Anita acredita que todas as mulheres deveriam fazer a terapia de reposição hormonal. "Hoje, nós trabalhamos, temos vida muito mais ativa, não dá para deixar a peteca cair aos 50 anos", diz.

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