São Paulo, domingo, 16 de junho de 1996
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Fazem perguntas sobre amor

DA REPORTAGEM LOCAL

Alguns homens odeiam responder à pergunta: "Você me ama?". As respostas, por isso mesmo, são mais mecânicas do que propriamente satisfatórias.
"É lógico", costuma dizer o empresário Paolo Boagiolli, 36, sempre que ouve a pergunta. Ele afirma que, além de inconveniente, a pergunta só admite uma resposta.
"O que ela espera que eu diga? Que não?". Quando está bem-humorado, ele ainda pensa antes de responder. "Te amo, sim, querida, já disse isso três vezes hoje."
Para o vendedor Guilherme Martins, 24, algumas mulheres adotam a questão quase como uma praxe.
"Parece que elas foram ensinadas, como se a pergunta fizesse parte de uma espécie de 'repertório da menina romântica."'
Dependendo do momento, a vontade de Martins é "catapultar" a parceira. "Muitas fazem a pergunta depois de transar."
Por via das dúvidas, o estudante Renato Abreu, 20, finge que dorme quando percebe que vai rolar a questão. "Fecho os olhos, como se estivesse meditando e finjo que não escuto", conta.
Renato diz que é tão ruim responder a esse tipo de pergunta quanto deve ser, para as mulheres, responder ao clássico: "Foi bom para você". "É a mesma coisa."

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