São Paulo, domingo, 16 de junho de 1996 |
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Indústrias dão facilidades nas vendas para comércio
MÁRCIA DE CHIARA
Natale Dalla Vecchia, sócio-diretor da empresa, conta que esse tipo de promoção só foi possível porque os fornecedores de móveis e de eletroportáteis estão concedendo um prazo maior de pagamento. "Hoje os fabricantes de móveis e de eletroportáteis estão oferecendo prazo de pagamento 30 dias sem juros. Há dois meses, o prazo oscilava entre 10 e 15 dias, no máximo." Na prática, diz Dalla Vecchia, essa é uma forma de a indústria dar desconto. Como a loja não trabalha com produto em consignação, está conseguindo outras vantagens na compra das mercadorias. Depois de um pico de vendas em maio, por ocasião do Dia das Mães, a Folha apurou que estaria ocorrendo, neste mês, um acúmulo de estoques indesejáveis nos fabricantes de eletroportáteis. Isso estaria criando condições mais vantajosas para os lojistas na negociação com a indústria. "Junho está fraco por enquanto, 15% abaixo de maio", diz César Buffara, diretor-geral da Britânia, que fabrica eletroportáteis. Segundo ele, o recuo está sendo menor do que o previsto para esta época do ano (25%). Essa queda, na opinião de Buffara, ainda não preocupa. Motivo: nas próximas semanas, os lojistas estarão repondo as mercadorias vendidas no Dia dos Namorados. Buffara diz que sua empresa tem estoques para 15 dias, o que é considerado normal. Concorrência Segundo o diretor da Britânia, as indústrias de eletroportáteis estão dando mais facilidades de pagamento para os lojistas devido à concorrência acirrada entre as empresas nacionais e os importados. Roberto Macedo, presidente da Eletros, que reúne as indústrias do setor eletroeletrônico, diz que o desempenho da venda de portáteis das fábricas para o comércio tem ficado abaixo dos produtos da linha branca (fogões, geladeiras etc.) e da linha marrom (tevês, videocassetes etc.) neste ano. (MCh) Texto Anterior: Competitividade Próximo Texto: Abipla vê junho como mês ruim Índice |
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