São Paulo, segunda-feira, 17 de junho de 1996
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Governo da Irlanda diz que vai rever relações com o Sinn Fein

Braço político do IRA deve continuar fora das negociações

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O primeiro-ministro irlandês, John Bruton, disse que vai rever suas ligações com o Sinn Fein -o braço político do Exército Republicano Irlandês (IRA)- depois do atentado de sábado, que feriu mais de 200 pessoas em Manchester (norte da Inglaterra).
O IRA quer a independência da Irlanda do Norte em relação à coroa britânica.
Ministros britânicos e irlandeses não admitem a participação do Sinn Fein nas negociações desde 9 de fevereiro, quando o IRA rompeu uma trégua de 11 meses.
No entanto membros do governo irlandês mantinham contatos com o Sinn Fein, na esperança de obter um novo cessar-fogo.
Bruton, irritado com o ataque, que a polícia atribuiu ao IRA, declarou à TV britânica que a explosão de Manchester é "mais do que meramente desencorajadora".
"Isso é um tapa no rosto daqueles que, talvez contra seus melhores instintos, esperam que o Sinn Fein mostre que quer levar o IRA a um novo cessar-fogo", disse.
Malcolm Rifkind, ministro britânico das Relações Exteriores, disse ontem que um novo cessar-fogo do IRA nos próximos dias não terá credibilidade.
"Milagre"
O policial inglês Colin Phillips considerou um "milagre" o fato de ninguém ter morrido no atentado de sábado. Entre os mais de 200 feridos, 16 permaneciam internados ontem em hospitais. Nenhum deles corre risco de vida.
Depois do ataque houve várias ameaças de bomba em Manchester. A polícia britânica explodiu dois pactoes suspeitos. Eram apenas sacolas de compras perdidas.

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