São Paulo, terça-feira, 18 de junho de 1996 |
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Governo e centrais vão travar duelo eletrônico sobre a greve Paiva vai à TV contra paralisação defendida por centrais DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL O Palácio do Planalto e as três principais centrais sindicais do país (CUT, Força Sindical e CGT) vão travar nos próximos dias um duelo na mídia eletrônica em torno da greve geral convocada para o próximo dia 21.O objetivo do movimento, segundo os sindicalistas, é protestar contra a taxa de desemprego. O ministro Paulo Paiva (Trabalho) deve usar amanhã uma cadeia de rádio e televisão para tentar enfraquecer a convocação das centrais para a paralisação. Até ontem, a equipe do ministério discutia com o Palácio do Planalto a estratégia para tentar barrar os efeitos da greve. O ministro tem afirmado que o protesto é inoportuno porque os índices de emprego apontam para uma tendência positiva. A Folha apurou que a intenção do governo é mostrar que a greve é política e está sendo usada pelos partidos de oposição. Por sua vez, a CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical começam hoje uma campanha na TV convocando os trabalhadores para o protesto da próxima sexta-feira. Em comerciais de 30 segundos, no horário nobre das principais emissoras, as centrais vão pedir pela reforma agrária, por emprego, aposentadoria digna, salários justos e pela manutenção dos direitos trabalhistas. "Está na mão do povo, na mão da gente, cobrar aquelas promessas que fez nosso presidente", declara uma ator com a mão espalmada, em uma referência ao gesto que caracterizou a campanha eleitoral de Fernando Henrique Cardoso em 1994. Só com a propaganda em TV foram gastos R$ 193.126,00. A divulgação nacional da greve é composta ainda por inserções em rádio e 560 outdoors espalhados pelo país. Texto Anterior: Uma verdade eleitoreira Próximo Texto: Reforma administrativa deve ser reduzida a três pontos Índice |
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