São Paulo, terça-feira, 18 de junho de 1996
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China faz acordo com EUA e evita sanção a seus produtos

Países chegam a consenso horas depois do prazo

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

EUA e China chegaram a acordo provisório ontem sobre o combate à pirataria intelectual contra produtos norte-americanos.
O entendimento foi alcançado horas antes do fim do prazo para a entrada em vigor de sanções tarifárias dos EUA contra a China no valor de US$ 2 bilhões.
Há um ano, os dois países impediram o início de uma guerra comercial com a assinatura de um tratado sobre o tema, pouco antes do início da retaliação americana.
O presidente Bill Clinton saudou a solução obtida em Pequim pela responsável pelo comércio exterior dos EUA, Charlene Barshefsky, e seus colegas chineses.
Especialistas em comércio internacional nos EUA dizem duvidar que o problema esteja superado.
Os detalhes do acordo ainda não foram divulgados, mas sabe-se que ele inclui o compromisso do governo chinês em fechar 15 fábricas ilegais de discos, fitas de vídeo e programas de computador.
No ano passado, os EUA importaram da China produtos no valor de US$ 45,6 bilhões e exportaram para aquele país US$ 11,8 bilhões.
Segundo o governo dos EUA, os prejuízos para as empresas norte-americanas provocados pela pirataria intelectual na China somam US$ 2,3 bilhões anuais.
Além de fechar 15 fábricas, o governo da China também se comprometeu a tomar medidas para acabar com a exportação de produtos pirateados e aumentar o acesso de produtos intelectuais norte-americanos no país.
Os EUA têm obtido diversos acordos de última hora com Japão e China nos últimos três anos após anunciarem punições tarifárias contra esses países.
(CELS)

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