São Paulo, quarta-feira, 19 de junho de 1996 |
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Vítimas serão enterradas hoje
DA REPORTAGEM LOCAL Os corpos dos quatro mortos no incêndio foram levados às 14h55 de ontem para a igreja Santa Edwiges, que fica a poucos metros da favela.O velório estava marcado para as 7h de hoje. Em seguida será realizada a missa de corpo presente. Às 8h, os corpos vão para o cemitério de Vila Alpina. Ontem, às 19h, estava prevista a celebração de uma missa pelo bispo da região do Ipiranga, dom Antônio Celso Queiroz. O estudante Antonio Carlos Chaves é um dos 156 desabrigados que foram para a EMPG Luís Gonzaga Jr. depois do incêndio. Ele é irmão do garoto Francisco Valdemir Chaves, de 4 anos, um dos quatro mortos. Quando o incêndio começou, a mãe de Antonio Carlos, Justina Gomes Chaves, pediu que ele pegasse o irmão pequeno. "Eu não ouvi. Depois, quando tentei voltar, havia muita fumaça e não consegui achá-lo." Com queimaduras no braço esquerdo e em parte do rosto, Antonio Carlos diz que não é o culpado. "Não pude fazer nada." Treze salas do colégio estão ocupadas pelos desabrigados. Outras duas salas foram ocupadas pelas doações, mantimentos, roupas e cobertores. A dona-de-casa Maria José Brandão, 34, chegou ontem ao abrigo com seu marido, José Ribamar Nascimento, e quatro filhos. "Estávamos espalhados pela favela com amigos", disse. "Não sei o que será da minha vida." Texto Anterior: Outros prédios correm risco Próximo Texto: Vereador vai processar prefeito Índice |
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