São Paulo, quarta-feira, 19 de junho de 1996
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Militar quer plebiscito tchetcheno

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A entrada do general Alexander Lebed pode facilitar a solução do conflito na República Autônoma da Tchetchênia.
Ao contrário de Pavel Gratchev, Lebed se opõe à intervenção militar no Cáucaso, região do sul da Rússia onde fica a república separatista. Sua plataforma eleitoral propõe um plano de três etapas para a região.
Em primeiro lugar, as tropas russas seriam retiradas rapidamente, conservando o controle de uma faixa ao norte do território da Tchetchênia.
Os cidadãos de etnia russa teriam um prazo para deixar, se desejassem, o território da república.
A independência da Tchetchênia seria então decidida em plebiscito. Se a secessão for decidida, o governo de Moscou ficaria com o controle de zonas tradicionalmente habitadas pelas populações de origem russa, pelas quais passam importantes oleodutos.
Trégua
Os rebeldes anunciaram ontem que vão manter a trégua na república até a realização do segundo turno das eleições presidenciais russas, previsto para julho.
O cessar-fogo foi acertado em 10 de junho entre os separatistas e uma delegação de Moscou.
O acordo de paz prevê a retirada das tropas russas até o próximo dia 31 de agosto.
Desde dezembro de 1994, data da intervenção russa na Tchetchênia, mais de 30 mil pessoas morreram na república, a maioria civis.

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