São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 1996
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Planalto reforça plano de segurança

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Palácio do Planalto terá a sua segurança reforçada hoje, durante a greve geral convocada pelas centrais sindicais. A segurança -a cargo da polícia do Distrito Federal- também será aumentada nos ministérios.
Os funcionários públicos que aderirem à greve terão o ponto cortado, informou ontem o porta-voz do Palácio do Planalto, Sergio Amaral.
O Planalto avalia que a greve não terá ampla adesão no país.
Os efeitos deverão ficar limitados aos grandes centros urbanos, principalmente por causa da paralisação prevista entre os motoristas de ônibus.
Simpatia
Ainda segundo avaliação feita no Planalto, a simpatia ao movimento é maior do que a disposição dos trabalhadores em aderir à greve.
O porta-voz Sergio Amaral disse que os objetivos da greve geral de hoje são confusos.
"Na avaliação do governo a greve está um pouco confusa quanto a seus objetivos. Alguns falam em greve contra as reformas, outros em greve contra a condução da reforma agrária pelo governo", disse Amaral.
O porta-voz afirmou que há dois pontos importantes na "agenda dos trabalhadores": emprego e salário.
Empregos
Para ele, os esforços do governo para gerar mais empregos estão dando resultados.
Amaral disse que o desemprego de abril foi menor que o de março.
Sobre salário, o porta-voz afirmou que a reivindicação sobre salário é legítima e que o governo vê com satisfação o aumento do salário real no ano passado.
Ele disse que pesquisas de opinião avaliam que a população acha a greve política.
"Essa greve seria o início da campanha eleitoral", afirmou.
Sergio Amaral adiantou que a segurança dos prédios públicos será feita pelas polícias estaduais.

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