São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 1996
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Governo divulga déficit de mais R$ 1 bi na Previdência Social

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Previdência Social teve déficit (despesas maiores que receitas) de R$ 1,126 bilhão nos cinco primeiros meses deste ano. As receitas foram de R$ 14,644 bilhões, e as despesas atingiram R$ 15,770 bilhões.
No mesmo período, as contas do governo federal (Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central) registraram um superávit operacional de R$ 461 milhões -esse conceito inclui gastos com juros.
Os dados são do "Boletim de Acompanhamento Macroeconômico" de junho, divulgado ontem pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Roberto Mendonça de Barros.
O resultado é diferente do déficit do setor público de R$ 12,87 bilhões em abril, divulgado pelo BC anteontem (incluindo as contas da União, dos Estados, dos municípios e das estatais).
O déficit público divulgado pelo BC foi calculado pelo conceito de caixa -que inclui juros e correção monetária. Foi o maior rombo nas contas públicas neste ano.
A situação das contas da Previdência não afetou o pagamento das pensões e aposentadorias porque o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) usou saldo de caixa para completar o pagamento.
Mendonça de Barros disse que o resultado já era esperado. Na pior das hipóteses, o déficit da Previdência pode chegar a R$ 2,7 bilhões neste ano.
Com base nas previsões do mercado, Mendonça de Barros disse que a inflação deve se manter em um patamar "bastante tranquilo" nos próximos meses.
A estimativa é que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe fique abaixo de 1,5% em junho.
O nível de atividade voltou a apresentar crescimento em abril. Dados da Confederação Nacional da Indústria mostram crescimento real (acima da inflação) de 5,7% nas vendas industriais, em relação a abril de 1995.

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