São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 1996
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IC acha pedaços de cano

DA REPORTAGEM LOCAL

O IC (Instituto de Criminalística) encontrou mais dois pedaços de cano que faziam parte da tubulação de gás localizada no vão existente entre o solo e o piso do Osasco Plaza Shopping.
Osvaldo Negrini, diretor técnico do IC, não descarta a possibilidade de esses canos terem sido responsáveis pelo vazamento de gás de cozinha que acabou provocando a explosão no shopping.
"Os pedaços não apresentam sinais de que passaram por tratamento anticorrosivo. Por isso, a probabilidade de eles terem sido responsáveis pelo vazamento é maior", afirmou o perito.
Os canos, que têm cerca de 1,5 m e 2,5 m, estavam encobertos pelos escombros e foram encontrados anteontem à tarde pelos peritos do IC que estiveram no local.
O material foi enviado ontem para exames na sede do IC, em São Paulo. Segundo Negrini, ainda não é possível afirmar que os canos encontrados anteontem estavam corroídos. "Isso vai depender dos exames, que são um pouco demorados."
Na semana passada, um outro pedaço de cano foi retirado dos escombros. De acordo com Negrini, esse pedaço passou por tratamento anticorrosivo.
Testes feitos pelo IC descartaram a possibilidade de o vazamento de gás ter ocorrido nele. Estão sendo feitas agora análises nas conexões desse cano para saber se foi por ali que o gás vazou.
Segundo Negrini, os dois novos pedaços de cano foram encontrados perto do poço do elevador, região do epicentro da explosão no shopping.
O perito afirmou que os canos faziam parte do ramal de distribuição que saía da bateria de gás localizada fora do shopping e alimentava as lojas de fast-food.
Com a descoberta dos novos canos, Negrini acredita que os peritos estão perto de esclarecer o que realmente aconteceu no shopping.
"Houve uma vazamento de gás, e nós vamos descobrir onde foi. Acredito que estamos perto."
Os exames laboratoriais feitos na sede do IC em São Paulo devem ficar prontos na próxima semana.
Esses laudos serão encaminhados aos perito do IC de Osasco, que estão fazendo perícias diariamente no local da explosão.
Negrini estima que os laudos conclusivos e finais sobre o acidente devem ficar prontos em, no mínimo, um mês.

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