São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 1996
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Jornalista acusa demora no atendimento

DA REPORTAGEM LOCAL

A jornalista Marilza Helena Ataliba, 27, diz que os médicos do hospital de Itaquera (zona leste) demoraram a atender seu pai na noite de anteontem porque estavam assistindo futebol na TV.
Ela diz que anteontem, às 21h, levou seu pai, José Geraldo Ataliba, 50, ao hospital. Ela afirma que preencheu uma ficha e aguardou 30 minutos.
Como, disse ela, não havia nenhum outro paciente na frente de seu pai -que sofre de esquizofrenia-, foi perguntar o porquê da demora na recepção do hospital.
Marilza diz ter sido informada que o médico atenderia imediatamente. Esperou mais 30 minutos e nenhum médico apareceu. Decidiu então reclamar de novo.
"Nessa hora, a menina da recepção até me disse: 'estranho ele não aparecer porque não há ninguém na frente"', disse.
Foi então que decidiu entrar na sala dos médicos. "Estavam todos assistindo a um jogo de futebol. Contei que estava esperando há muito tempo e que precisava ir embora. Ninguém ligou. Aí eu disse que ia falar com a imprensa. Foi quando me disseram para entrar em uma sala."
Minutos depois, segundo ela, um médico apareceu e atendeu seu pai. "Saí de lá muito tarde. O que era para ser uma consulta rápida, de rotina, apenas para que meu pai recebesse uma nova receita de remédios, se transformou em uma briga."
O diretor do módulo Itaquera, Juracy Batista de Souza Filho, disse ontem que vai mandar apurar o que aconteceu com o pai de Marilza em Itaquera.
"Vou mandar levantar quantas pessoas foram atendidas naquele horário e assim poderemos saber se houve ou não abuso de algum médico que estava de plantão."

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