São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 1996 |
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Pesquisa vai fiscalizar verba de merenda
ELZA PIRES DE CAMPOS
O trabalho será feito em convênio com o Núcleo de Políticas Públicas da Unicamp (Universidade de Campinas). O presidente da FAE, José Luiz Portella, informou que até o ano passado, antes das mudanças na forma de distribuição da merenda, de cada R$ 100,00 destinados à compra de alimentos, apenas R$ 30,00 chegavam à escola. "O restante ficava na burocracia", afirmou. A descentralização é o repasse de recursos diretamente para os Estados, os municípios ou até as escolas para compra dos gêneros alimentícios. Antes da descentralização, a fundação comprava os alimentos e depois enviava aos Estados, que, por sua vez, distribuíam para as escolas. Calorias Com a pesquisa, o presidente da FAE pretende também verificar a qualidade da comida servida aos alunos e a quantidade de calorias consumidas. A metodologia e as áreas de amostragem da pesquisa ainda estão em discussão. O convênio entre FAE e Unicamp será assinado até o final de julho. A FAE atende 35 milhões de crianças em idade escolar. A merenda servida todos os dias é um dos motivos para que muitas crianças permaneçam na escola. No ano passado, a merenda foi servida durante 180 dias. A partir dos dados da pesquisa, a FAE vai redirecionar a forma de distribuição dos recursos. No ano passado, alguns convênios para compra de merenda foram feitos com as próprias escolas. A pesquisa vai avaliar esses resultados. Custos A FAE deve gastar neste ano R$ 700 milhões com a merenda escolar. Nos 1.111 municípios pobres identificados pelo Programa Comunidade Solidária haverá um lanche suplementar como reforço. Para o suplemento da merenda e o programa de transporte escolar serão assinados convênios no valor de R$ 52 milhões com os municípios do Comunidade Solidária. Texto Anterior: Objetivo é evitar lei Próximo Texto: Metrô tenta obter dinheiro da prefeitura Índice |
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