São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 1996
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Confecções vão padronizar vestuário

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 40% das roupas vendidas em lojas estão fora do padrão de medidas, segundo Roberto Chadad, presidente da Abravest (Associação Brasileira da Indústria do Vestuário).
Em função disso, a Abravest lançou ontem um manual com padrões referenciais de medidas do corpo humano para vestuário, a serem adotadas pelas confecções.
A padronização foi referendada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Segundo Chadad, a partir da regulamentação dos padrões de tamanho do vestuário, a indústria nacional dará ao consumidor a garantia da utilização da roupa na numeração adequada e passará a exigir a mesma padronização dos produtos importados.
"A grande vantagem para o consumidor é que ele não será mais enganado", diz Francisco de Paula Ferreira, presidente do Comitê Brasileiro de Têxteis da ABNT.
Segundo Nabil Sahyoun, presidente da Associação dos Lojistas de Shopping do Estado de São Paulo, o padrão de referência facilita principalmente o trabalho das pequenas confecções.
"Pequenas empresas não têm a menor base para a confecção de produtos", afirmou Sahyoun.
O Brasil possui cerca de 60 mil confecções, sendo que 90% delas são pequenas e microempresas, afirmou Chadad. Segundo ele, as roupas das grandes confecções não costumam apresentar problemas de medidas.
Crédito
Chadad disse que, com linha de crédito aberta pelo governo, espera duplicar as exportações.
"O que faltava para a indústria do vestuário não era pedidos era financiamento", disse.
Segundo ele, com o aumento das exportações devem ser criados 8.000 empregos. Hoje o setor emprega 1,5 milhão de funcionários.
Chadad disse que em 1995 a indústria do vestuário exportou US$ 375 milhões. "Esperamos dobrar esse valor, mas acredito que podemos chegar a até US$ 1 bilhão."

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