São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 1996
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'Caso da fita' divide especialistas

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

A decisão da Justiça de recusar a denúncia no caso da "fita do suborno" dividiu especialistas ouvidos pela Folha. O caso trata de um suposto esquema de corrupção no futebol paulista (leia texto nesta página).
O juiz Marcos Gozzo, da 27ª Vara de Justiça Criminal de São Paulo, recusou as denúncias de estelionato, falsificação de documento e crime contra a economia popular feitas pelo promotor Antonio Alvarenga Neto contra o presidente do Botafogo-SP, Laerte Alves, o ex-árbitro Wilson Roberto Cattani e o árbitro Marcos Fábio Spironelli.
A Folha procurou oito especialistas em direito penal, entre promotores, procuradores e advogados, nos Estados do Rio e São Paulo.
Pediu a eles opinião sobre os pontos principais do despacho do juiz. Eles concordaram em falar sob a condição de não ter os nomes revelados.
Metade das pessoas ouvidas defendeu a posição do juiz, e metade a atacou. De maneira geral, os advogados concordaram com o despacho, mas os promotores e procuradores, não.
Só uma pessoa concordou integralmente com ele, e três discordaram totalmente.
Cada um dos pontos teve de quatro a cinco votos contrários e de três a quatro favoráveis.
O maior defensor do despacho, um advogado do Rio, disse que não existe lei específica para o caso. "É preciso criar uma, mas isso é função dos legisladores."

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