São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 1996
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Patrocinador estuda saída de Boesel da equipe Green

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de Emerson Fittipaldi, que declarou que pode deixar a Penske no final do ano, agora é a vez de Raul Boesel se deparar com um futuro incerto na Indy.
A Brahma, co-proprietária e principal patrocinadora da equipe Green, já começou a estudar se mantém o brasileiro na escuderia na próxima temporada.
Segundo o publicitário Eduardo Fischer, que detém a conta da cervejaria, tudo o que se sabe é que a Brahma vai manter seu apoio ao time. O equipamento e o piloto podem ser alterados.
A Green foi escolhida pela cervejaria por ter vencido o campeonato de 95, com Jacques Villeneuve. Este ano, porém, só marcou 11 pontos. Boesel é o 21º colocado.
"Em relação a Boesel, vamos dar nossa opinião enquanto patrocinadores, mas a decisão é conjunta, com Barry Green", disse Fischer, referindo-se ao dono da equipe.
O contrato de patrocínio vale até o final de 97. O de Boesel, porém, termina neste ano.
"De minha parte, estou com a equipe e, nas conversas que já tivemos sobre 97, ninguém falou na minha saída", disse o brasileiro, por telefone, de Portland (EUA).
Boesel participa hoje dos primeiros treinos, um livre e um oficial, para o GP de Portland, nona etapa da Indy-96, que ocorre domingo.
Entre as mudanças já acertadas para 97, está um segundo carro da Green, patrocinado pelos cigarros Kool, que já apóiam o time de Barry Green na Indy Lights.
O carro será pilotado por um norte-americano. O nome de Robby Gordon, atualmente na Walker, é praticamente certo.
Motor
Ainda sobre o mercado de pilotos e equipes, a Comptech, uma espécie de time de testes do motor Honda até aqui, vai perder o propulsor japonês em 97.
Como a fábrica quer continuar a equipar seis carros na categoria, ao menos um motor passa a ser disputado entre as equipes.
(MT)

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