São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 1996
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Basquete & boxe

WILSON BALDINI JR.

O casamento trouxe -há quase dois anos- algumas responsabilidades que cabe ao "dono-de-casa"resolver.
A principal e a mais chata é o reparo dos problemas do apartamento. Eletricidade, encanamento e consertos de aparelhos -para quem tem grande dificuldade em trocar uma lâmpada- é sinônimo de guerra mundial.
Ainda mais com a lembrança dos pais -completamente loucos- discutindo com os rapazes que se dispunham a fazer o serviço. "Pode ficar tranquilo doutor. Sou pedreiro, encanador, eletricista, cuido de crianças de zero a seis anos e ainda dou aulas de inglês para executivos". É o famoso "fala que faz tudo, mas não sabe fazer nada".
O supermédio Roy Jones Jr. mostrou, no último sábado, que "assoviar e chupar cana" ainda é uma tarefa bastante difícil.
Um dos melhores lutadores da atualidade resolveu também jogar basquete.
Tudo bem. Será uma garantia de que sempre estará bem preparado. Só que não dá para levar no mesmo nível.
Foi fácil perceber contra o inexpressivo canadense Eric Lucas que Jones estava, no mínimo, desconcentrado.
Afinal, pouco antes, havia disputado 14 minutos, feito cinco pontos e apanhado um rebote na vitória do Jacksonville Barracudas por 107 a 94.
Vamos devagar Jones! Uma coisa de cada vez. E seus sonhos são ainda maiores...
Depois de ficar com os títulos dos médios e, atualmente, dos supermédios, o medalha de prata na Olimpíada de Seul, em 88, tem acertada a disputa do cinturão dos meio-pesados diante de Henry Maske, quer abiscoitar a hegemonia entre os cruzadores (talvez contra o amigo Al Cole) e, por fim, vencer Mike Tyson dentro de dois anos.
Só treinando boxe é quase impossível. Jogando basquete também, ele corre o risco de sentir-se como uma bola sendo enterrada por Shaquille O'Neal.

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