São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 1996 |
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George Benson
MARISA ADÁN GIL
"Quando gravo só um estilo, atinjo um público pequeno", diz o guitarrista/cantor norte-americano, em entrevista exclusiva à Folha, por telefone, de Nova York. Benson está acostumado às grandes vendagens desde 1976, ano de lançamento de "Breezin'". O disco trazia "This Masquerade", primeira faixa a liderar as paradas de jazz, pop e R&B nos EUA. Depois disso, Benson voltou-se para o pop dançante, com vocais inspirados em Stevie Wonder. "O que eu gostaria é de tocar jazz", diz. "Nenhum outro gênero te dá tanta liberdade. Desde a primeira nota, a música é sua." Músicos jovens O guitarrista já sabe até quem chamaria para tocar: músicos jovens como o pianista Cyrus Chestnut ou o baixista Christian McBride. "Ainda vou fazer, mesmo sem chance de sucesso." Para garantir as vendas de "That's Right", Benson chamou o produtor Tommy LiPuma, o mesmo de "Breezin'". "Ele não permite exageros", diz Benson. "Tentamos gravar de primeira." Em "Marvin Says" George Benson incorpora um Marvin Gaye rápido. "Marvin era um amigo", diz Benson. "Todas as coisas que ele me disse estão comigo. Não era só a voz que era única." No dia 15 de julho, Benson toca no Festival de Montreux -que está completando 30 anos de existência. Para o guitarrista, é uma saudável volta ao gênero preferido. "Sempre toco com outros músicos, faço jam sessions. É especial." Mesmo assim, o pop o persegue. "Costumava ir sem a banda e improvisar, mas o público só queria os sucessos. Agora, carrego a banda para qualquer lugar que eu vá." No Brasil, esteve três vezes: no Rock in Rio, em 85; no Free Jazz, em 89, e sozinho, em 92. Não existem planos para uma nova visita. Disco: "That's Right", George Benson Lançamento: MCA Quanto: R$ 20 (o CD, em média) Texto Anterior: Sofisticação soa artificial Próximo Texto: Mindelis inaugura era da grife no blues brasileiro Índice |
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