São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996
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Vice assume diretoria de privatização

DA SUCURSAL DO RIO

A diretoria de privatização do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não tem mais um ocupante com dedicação exclusiva.
Desde ontem, o engenheiro e economista carioca José Pio Borges de Castro, 48, divide a função com as de vice-presidente e de responsável pelas áreas de indústria, jurídica, de relações institucionais do banco e ainda pela Finame, agência do órgão que financia o setor de máquinas e equipamentos.
Borges, único membro da atual direção do BNDES que foi levado para o banco pelo seu presidente, Luiz Carlos Mendonça de Barros, substitui a também carioca Elena Landau, que tinha dedicação exclusiva à privatização.
Ele disse que foi convidado na manhã de ontem pelo ministro do Planejamento, Antonio Kandir, "certamente por indicação do Luiz Carlos".
Pio Borges já havia sido vice-presidente do BNDES no governo de Fernando Collor de Mello, quando era também suplente de Eduardo Modiano na presidência da extinta Comissão Diretora do Programa Nacional de Desestatização. Antes, de 71 a 85, foi funcionário de carreira do banco.
Borges chegou a coordenar os processos de privatização de algumas empresas no governo Collor, como Petroflex e Nitriflex, ambas do setor petroquímico.
Participou também da preparação da venda da Companhia Siderúrgica Nacional e dos primeiros passos para a venda da Light e da Rede Ferroviária Federal.
Para Pio Borges, não está havendo um esvaziamento da área de privatização do BNDES.
Ele disse acreditar que a área industrial deverá sair das suas mãos e passar para um novo diretor, que ocuparia a vaga na diretoria aberta com a saída de Landau.
Borges disse que não haverá mudanças de rumo no programa de privatização.
Ele concorda que para este ano o calendário está definido e deve se resumir basicamente às complementações dos setores petroquímico e ferroviário.
Borges não soube dizer como está a privatização do Banco Meridional, prevista também para 96.
Disse também que a privatização da Vale do Rio Doce, prevista para 97, transcende os limites técnicos de uma diretoria do banco, deixando claro que Kandir e Mendonça de Barros a conduzirão.
O novo diretor de privatização do BNDES disse que a partir de agora os esforços do banco deverão se concentrar, principalmente, na preparação da venda do setor de geração de energia elétrica, que está sendo feita em conjunto com o Ministério das Minas e Energia.

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