São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996
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Gasto é igual ao do Nacional

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com o dinheiro extra injetado pelo Banco Central, a união entre Econômico e Excel envolveu quase tanto dinheiro quanto a venda do Nacional ao Unibanco, que custou R$ 5,898 bilhões do programa de fusões.
A diferença é que o rombo patrimonial (diferença entre o patrimônio e as dívidas) do Econômico foi calculado em R$ 2,6 bilhões, e o do Nacional é estimado em R$ 6,7 bilhões.
O governo ainda não forneceu motivos para essa diferença entre os rombos dos bancos e o total injetado pelo Proer.
O mais provável é que parte do rombo do Nacional tenha sido simplesmente assumido pelo BC, e não coberto pelo programa de fusões.
Ao anunciar as negociações com o Excel no final do ano passado, o presidente do BC, Gustavo Loyola, disse que a transação seria feita sem qualquer injeção de dinheiro dos cofres do BC.
Pelos números conhecidos, o programa de fusões acumula desembolsos de R$ 12,677 bilhões desde novembro, quando foi criado.
Nacional e Econômico, juntos, receberam R$ 11,553 bilhões (91,1% do total).
As outras fusões financiadas foram Banorte-Bandeirantes (R$ 540 milhões), Mercantil-Rural (R$ 473 milhões) e Antônio de Queiroz-United (R$ 111 milhões).
O BC até hoje não enviou ao Senado relatórios sobre a venda do Nacional ao Unibanco, a primeira e mais volumosa operação financiada pelo Proer.
Segundo assessores do BC, a exigência de enviar informações ao Senado só foi incluída na medida provisória que criou o programa depois de realizada a união Nacional-Unibanco.
O BC alega sigilo bancário para não fornecer os dados.

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